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domingo, 21 de junho de 2009

Enfim, a liderança

A História (com H maiúsculo) sempre foi boa em prover lições, e uma das principais não passa de um simples alerta os mais jovens, sempre colocado de lado: "nunca subestime a tradição e a experiência". Dito e feito. Considerada por muitos uma equipe não mais que "folclórica", os Amigos do Tirão provaram de uma vez por todas que a força de um elenco — praticamente o mesmo desde a retomada do FAC-GOL, no 1/2008 — supera, sim, uma visão pré-concebida de que estamos ali apenas para competir, e não para concorrer a feitos maiores. Mesmo quando a equipe não joga completa, mesmo quando o goleiro de ocasião falha, mesmo quando um gol feito é perdido, mesmo quando o juíz favorece o adversário. Porque não procuramos culpas nem desculpas. Enquanto muitos duvidavam da participação do time no FAC-GOL 2009, enquanto vários suspeitavam da nossa presença enquanto formados com outros afazeres, enquanto todos nos viam como um time sem nenhum entrosamento, eis aí a resposta. Líderes na primeira fase. Para os incrédulos: é isso mesmo. No temível Grupo A, o grupo da morte, com os atuais campeões (Red Bull All-Stars), alguns campeões da geração passada (Galarala), os atuais 3º colocados (Selebaixos) e nosso maior rival (Laranja Mecânica). Mais do que líderes de grupo, a melhor campanha da competição. E estamos vivos. Porque não somos um time formado aos trancos e barrancos e inscrito na última hora. Porque não somos um time pela simples casualidade de sermos todos de um mesmo semestre. Porque não somos um time unido pela mesma preferência (homo)sexual. Porque não somos um time apenas por termos camisas de um mesmo time estrangeiro. Porque não somos um time em busca de espaço para manifestos despropositados. Porque não somos um time para fazer propaganda de refrigerante. Porque não somos um time que precisa se valer de alcunhas de seleções famosas. Somos — e pelo óbvio poucos de fato notaram — verdadeiramente Amigos.

Domingo: o peso da camisa amarela

A mística amarelinha mostrou mais uma vez que futebol de verdade se discute dentro de campo. Do lado de cá, Amigos do Tirão conseguiram mais 3 vitórias e encerraram a primeira fase ganhando 5 de seus 6 jogos, acumulando a incrível marca de 4 partidas inteiras sem levar gol. Do lado de lá, o Brasil detonou a Itália e também encerrou a fase de grupos da Copa das Conferedações na liderança. Em comum, mais do que a cor do uniforme, a estabilidade no setor defensivo combinada com contra-ataques fulminantes. Ambas as equipes vão em busca dos títulos no próximo final de semana.

Se vale a máxima de que "clássico é clássico e vice-versa", o derby Amigos do Tirão X Laranja Mecânica é um clássico sem a versa. Só tem o vice. E não tem conversa. Com o retrospecto vitorioso estampado na cara, os Amigos com tranquilidade levaram a melhor novamente, com 3 tantos no placar. E com um golaço de lambuja, digno de pintura, com a assinatura do Alex.

Após uma série de reviravoltas, protestos, discursos e batatas, o Tímido Suquinho foi reintegrado à competição. Para levar novos capotes seguidos. Em busca de saldo para garantir o primeiro lugar do grupo, Amigos do Tirão igualaram a marca do Red-Bull e venceram por 14 a 0. Mesmo resultado alcançado pelos Laranjas. No final, o Suquinho peneirado acabou levando 63 gols em 6 jogos. Um recorde para a posteridade. O time ainda conseguiu sabe-se lá como converter 2 gols contra o DDA, que de fato espelha a atual situação lamentável do futebol argentino.

Ramires(z)? Só tem um!

E o Cruzeiro precipitou-se ao vender a sensação da ConfeCup para o Benfica. Já o jogador do Red Bull All-Star não vive a melhor das fases. O time "bicho-papão" do FAC-GOL terminou apenas em 3º lugar do grupo e, ainda que continuem entre os favoritos ao título, a magras vitórias (exceto contra o Suquinho, claro) e as duas derrotas na primeira fase definitivamente mostram que a equipe não tem a mesma pegada do torneio passado.

E apesar de há poucas horas termos entrado oficialmente no inverno do hemisfério sul, a Arena Banco Real pegou fogo na partida que definiu o segundo lugar do grupo A. Em quadra, Red Bull e Galarala fizeram a partida mais brigada do torneio, com duas expulsões contestadas pelo time novato de jogadores experientes. Atrás no placar durante todo o jogo, os autodeminados "estrelas" ainda tiveram um pênalty no último minuto para tentarem o empate. Após muita confusão, um dos cartões vermelhos, xingamentos e muita gritaria, Catatau mandou a bola na trave. Fim de jogo, mas não de papo. A polêmica deve persistir essa semana.

E por falar em polêmica, o jogo entre Galarala e Selebaixos — vencido pelos primeiros por W.O. — também ocasionou quase meia hora de bate boca, um tempo de bola rolando para nada e muita saliva gasta em vão. O Conselho de Capitães da Liga FAC-GOL deliberou uma coisa, voltou atrás, reviu novamente a posição e no final de nada adiantou. Prevaleceu o W.O..
Remontada de los Chicos

Después de un sabado muy flojo y lejos de la anunciada (en otro sitio) capacidad de luchar por el título del FAC-GOL, los Chicos lograran una inolvidable racha ganando sus 4 partidos de la fecha y sumando los 12 puntos que garantizaran el liderazgo cabrón en el grupo B.

A surpresa que poderia ter sido e não foi ficou por conta do Sassaricando, que teve nas mãos e nos pés a chance de pela primeira vez na história conseguir uma classificação. O Sassá, com uma campanha bem regular no campeonato — o que já foi incrível — conseguia uma rocambolesca vitória por 2 a 0 sobre os atuais vice-campeões dos Ornitorrincos, resultado que momentaneamente desclassificava a sempre bem cotada Seleção Canarinho. Mas como pau que nasce torto nunca se endireita, apesar da torcida toda a seu favor o Sassá cedeu o empate no finalzinho da partida e mais uma vez vai disputar o agora Pentagonal de Misericórdia.

Sobre os calouros: Xiboquinhas confirmou a boa participação e passou para as oitavas-de-final e o Alambique conseguiu ficar na última posição do grupo B. Sábado que vem, o torneio continua!

Confira a tabela completa aqui.

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