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sábado, 7 de novembro de 2009

Morte e Redenção

O dia amanheceu carregado para os Amigos do Tirão. Um dos times mais tradicionais do FAC-GOL perdera recentemente dois de seus principais jogadores, Fabrício e FDP, devido a lesões graves que devem levar ambos à mesa de cirurgia. As nuvens negras que se acumulavam no céu eram mesmo um prenúncio. Tito e Catta precisaram viajar a trabalho, e Minero virou a noite anterior na labuta. Para completar o vaticínio dos maus deuses, Brejão inventou uma aula ridícula enquanto Will ainda encarava a estrada vindo de Goiânia. E o maior clássico do futebol faquiano conheceu quiçá o seu episódio mais triste: um W.O.

"Bom, só assim pro Laranja Mecânica conseguir ganhar da gente", disse Alex, quando finalmente se predispôs a chegar à Arena Banco Real. Que seja, mas não dava para começar o FAC-GOL 2/2009 de maneira pior. Até mesmo porque o próximo jogo era uma pedreira. E juntando aqui e ali os atletas do time que surgiram atrasados, os Amigos não conseguiram superar os atuais vice-campeões, Galarala, com a base de um time acostumado a ganhar o torneio no início da década.

Dois jogos, duas derrotas, nenhum gol marcado, e um saldo negativo de 8 gols. Um desempenho que poderia encerrar a trajetória dos Amigos do Tirão no torneio. Um time pesado, que já deixou para trás a tenra juventude, integrado por ex-alunos da FAC com suas vidas e trabalhos correndo em paralelo ao campeonato. Estava decretado o fim de umas das poucas agremiações (ao lado do Sassá e dos Laranjas) remanescentes do movimento de retomada do FAC-GOL.

Mas a chama da camisa amarela ainda não estava na hora de se apagar. O último jogo da primeira fase contra o róseo-elétrico Sassaricando era a última oportunidade de honrar o nome do time, que ainda vislumbrava uma pequena luz bruxuleando no fim do túnel. E finalmente as novas contratações para a temporada mostraram a que vieram. Não choveu, mas Erickonha descarregou o barro e entrou em quadra tão mais leve que acabou com o jogo. Dois golaços.

E com uma combinação precisa de resultados, os Amigos do Tirão renasceram e passaram para a segunda fase da competição. Ao contrário do campeonato passado, quando foi o melhor time do início da caminhada para cair logo em seguida, desta vez o trajeto se transformou em uma escalada, sem dúvida, rumo ao título. E para cumprir todas as profecias e comandos dos oráculos, a segunda fase terá o clássico que não pode faltar, dessa vez com as equipes em quadra. Nos deixaram passar, pois agora que aguentem.

Classificação, sofrida, suada e comemorada

Nem por esforço literário, a narrativa do restante dos jogos poderia empolgar. Mas alguns poucos fatos merecem nota:

- Em um retrato da imperícia da organização do torneio, o Argentino foi inscrito em duas equipes diferentes, e chegou a jogar por ambas. É uma avacalhação mesmo.
- Os Amigos do Marcus, arrependidos ou até agora sem saber porque diabos resolveram usar esse nome, pediram para voltarem a ser chamados de Tímido Suquinho. O blog se nega a fazer isso.
- Obregon, do Barriga de Chopp, reclamava do fato de ainda não haver marcado um mísero golzinho no seu retrospecto de participações no FAC-GOL, mas abriu a contagem hoje. Com um gol contra.
- Por falar no assunto, o ex-bi-artilheiro Byll passou o sábado em branco e, sob pressão, dificilmente deixará a seca nessa temporada.
- Essa edição do campeonato é que conta com o maior número de times devidamente uniformizados, mas francamente, não pegou bem o fato dos Laranjas e do Sassá confeccionarem seus fardamentos na mesma loja de pijamas.
- O juíz é o mesmo e continua apitando mal.
- E, por favor, parem de tocar as músicas mais horríveis da MPB naquele maldito violão!

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